9.9.09

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Ai, ai, ai...
Depois de um longo período matutando ideias, cuidando dos preparativos, correndo contra o tempo, voltei pra dizer que... já estou indo.
Essa frase poderia terminar com uma seqüência de exclamações (!!!!!), CAIXA ALTA e ênfase nas palavras finais com o uso da repetição de voooogaaaais.
Afinal, era/é tudo o que eu mais queria/quero.

Mas eu escolhi assim. Um ponto.
Pronto.

Meu sonho de ir embora, começar tudo de novo, bem longe daqui, começa a ter um gostinho diferente. Uma mistura de saudade (bastante), ansiedade, insegurança, realização, medo... tudo isso borboleteando na boca do meu estômago, o tempo todo.

Eu vou.

Mas agora, vendo o dia da partida tão perto, sinto vontade de ficar mais um pouquinho.
Ah, foi legal brincar disso. Mas eu gosto mesmo é daqui. De vocês.
Amo minha família, meus amigos, todos os bichinhos alheios, minha cama, meu sagrado açaí logo ali na esquina, minhas coisinhas do meu jeito, os lugares que eu gosto de visitar...

Tanto de mim em tudo isso.

É inevitável não sentir que se perde o que há de mais importante na vida, deixando pra trás todas as pessoas, coisas e sentimentos tão intrínsecos na alma.

Mas, a vida é assim.

Ela mesma é uma viagem onde tudo muda o tempo todo. De lugar e de tempo.
E é verdadeiro quando digo que todos estarão comigo aonde eu for.
Apesar do apelo emocional por todos aqueles que me mantiveram em terras brasileiras até hoje, sinto que é meu momento de partir. Minhas células, minha alma, minha sorte, me mandam pra longe.
Mas com paciência, que não me é peculiar, mas necessária, esperarei os dias que me separam do momento de despedida, como se esta não existisse.

Por que a vida e o momento que eu tenho são estes de agora. Os quais sou grata e viverei como sempre fiz. Intensamente.


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