11.12.10

Não preciso de garantias, só preciso ter um caminho.



...

3.12.10


11.11.10

"Se o amor não
for livre para
se instalar onde
realmente deseja,
ele perde a
razão de ser.

Autor desconhecido

10.11.10

Na deriva
Florbela de Itamambuca

essa enchente que deu me tirou tudo
geladeira, cochão, sala distar
corri num orelião que tem no bar
fui lá traz de uma ajuda, e dava mudo

nem quem tava no morro foi sortudo
o barranco enterrou fundo no mar
perdi meu filho, gente, perdi tudo
tô a deriva e não sei, mas vou voltar

agora somos 3 na mesma igara
são pedro, nem pra dar isplicação
dona emanjá? nem pra me olhar na cara

agua pra tudo quanto é direção
nesse rio que levou as minha vara
e agora pra pescar, gente, é com as mão


(Fonte: site Escritoras Suicidas)
...

5.10.10

Genuínas experiências

Quando criança, um dos meus passatempos mais divertidos era construir e criar coisas. Meu cúmplice em quase todos os momentos era o meu irmão mais velho e não menos louco, Ronan.
Lembro que passávamos horas, muitas horas, desmontando caixas de madeira e tudo o que era inútil deixado pelos meus pais, para fazer coisas 'úteis'. Entre tantas ideias, um dia decidimos construir um helicóptero. Tínhamos certeza absoluta de que tínhamos tudo o que precisávamos pra isso. Uma pilha de coisas velhas e sem uso, alguns pregos e pedaços de madeira eram mais do que suficientes para viabilizar o nosso objetivo de construir qualquer coisa que quiséssemos.
Enquanto trabalhávamos em nossos projetos (tentamos fazer um helicóptero mais de uma vez, entre outros meios de transporte), debatíamos sobre as experiências que teríamos quando este estivesse pronto.
Iríamos pra escola com ele e poderíamos levar a nossa cachorra junto (ela teria que ir amarrada com um lençol na nossa barriga, pra não cair). Faríamos um bate-volta para a praia, mas aí teríamos que avisar nossos pais pois não poderíamos chegar lá sozinhos (não sabíamos nadar muito bem, poderia ser perigoso).
E depois que a gente enjoasse dele, poderíamos vender e usar o dinheiro pra comprar uma bicicleta. Afinal, que graça tem ter um helicóptero, não é mesmo? Bicicleta é sempre legal e não enjôa nunca.
Por motivos (hoje) óbvios, nunca completamos o helicóptero. Mas sempre tivemos a certeza de que não era por nossa culpa. O problema era que sempre tínhamos que interromper o processo criativo para almoçar ou fazer a lição de casa e depois ficava muito tarde. Então, sempre antes de escurecer, guardávamos todas as partes do helicóptero em seus devidos lugares.
E era como um ritual, que nunca nos desanimava ou deixava triste. Sabíamos que sempre teríamos tudo alí, pertinho da gente, pronto pra virar um helicóptero irado a qualquer momento.
E sem desmerecer o nosso esforço e capacidade de imaginação, hoje o que mais me orgulha é perceber que tivemos a sorte de nascer filhos de pais lúdicos e amorosos que nunca ridicularizaram nossos sonhos impossíveis e sempre acompanharam tudo com interesse e entusiasmo. Levando em consideração a vida humilde e difícil que tiveram, diria que foi praticamente um milagre.

Aos meus pais, minha genuína admiração.



...

12.9.10

"... Nowhere to run
Been out here too long
Under the sun.
Am I too afraid
To get some.
To afraid to give myself some shade
I hope and pray I do some day."

7.8.10



"...Get up, get out, get away from these liars
´Cause they don't get your soul or your fire...

Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
´Cause I need you to look into mine..."

...

3.8.10

As lembranças, o porta-retratos e as flores que não são de plástico...

As pessoas esquecem. Esquecem aquilo que querem esquecer, as coisas desimportantes, ou esquecem pra poder guardar o que for relevante. Pra quem não esquece, é estranho olhar para uma pessoa sem lembranças. Difícil olhar e concluir que ali jaz o cumplíce de um momento, de um sentimento outrora valioso. A lembrança de uma voz, a sensação do coração acelerando, um cheiro, um gosto, um rosto. Memórias afetivas que já não mais afetam alguém. É como ter um porta-retrato guardado numa gaveta que nunca mais será aberta. Outras lembranças são como as flores que não são de plástico. Nada são quando morrem, mas até morrerem, terão exalado seu perfume e exibido sua beleza.

E sempre haverá novas flores
dispostas sobre o armário com gavetas
ou ao lado do porta-retratos.


...

25.7.10

Saia do coma induzido pela indústria da morte

Clique no título desse post e acesse mais informações


“Os homens cavam o próprio túmulo com o garfo, diariamente."

Gandhi

30.6.10

Sometimes all I want to say is a song.


...

Eddie Vedder - Society

Into the Wild - Rise (Eddie Vedder)

coldplay fix you

29.6.10

Minhas convicções sobre o amor
são tão sólidas quanto uma pedra
de gelo em cima do telhado.


...

23.6.10

Is always good be ready for everything... we never know when a dream will wake up.


...

22.6.10

Reencontrando a minha tolerância

Tolerância e paciência são qualidades que eu preciso melhorar em mim. Eu sempre achei que uma coisa não existe sem a outra. Se você é paciente, logo você é tolerante e vice-versa. A tolerância precisa do ritmo, tempo e compreensão que só a paciência é capaz de proporcionar.
Consciente da minha deficiência tenho me esforçado para desenvolver estes dois aspectos na minha personalidade.
Primeiro analisando, concluí que a maioria das vezes a intolerância é vinculada a um histórico de experiências vividas, geralmente traumáticas. O que, de certa forma, é o meu caso.
Quando situações desagradáveis se repetem, consciente e inconscientemente vinculamos os elementos envolvidos (pessoas, coisas, qualquer coisa) a algo ruim. E assim passamos a generalizar e pre-julgar. E tentamos bloquear tudo o que possa nos expor a essa lembrança.
No pequeno mundo de Juliana (e de outros intolerantes mundo afora) isso é apenas uma situação frustrante, embaraçosa, por vezes triste... Mas no mundo Planeta Terra, isso é o início de guerras, mortes, injustiça. A feiúra humana também é baseada na intolerância.
Então, enfrentando esse lado meu que eu admito ter e que reconheço é muito feio, tenho aprendido muito.
Primeiro de tudo: verdades absolutas devem ser, sempre, pelo menos uma vez, questionadas.
Segundo: ninguém, ou cerca de 98,9% das pessoas no mundo é totalmente boa ou ruim. Sempre espere até ver o lado bom de alguém. Com paciência ele sempre aparece.
Quarto: enxergue-se. Quantos erros, quantos defeitos e também, quantas qualidades você tem?
Quinto: não ignore, não recue. Se incomode, reflita e ache respostas.
Sexto, sétimo, oitavo... a lista ainda está em construção.
Porém, até agora o que eu tenho já é o bastante pra eu mudar a minha percepção e me sentir muito mais predisposta a dar uma chance para os outros e para mim mesma.
E preste atenção às coincidências repetidas. Pode ser o Universo alertando para uma questão que você precisa resolver. E enquanto você não enfrentá-la, ela nunca irá desaparecer.



...

11.6.10

Cheguei a conclusão de que sinto um bem estar inexplicável em me perder pelo mundo.
Como se eu nunca tivesse existido antes, como se por um momento eu pudesse ser qualquer coisa.

A maioria das vezes eu escolho ser vento. Silencioso e imprevisível. Faço de conta que posso ir aonde quiser. E vou, em pensamento e energia. Fecho a janela do quarto, apago a vela do bolo, realimento o fogo que tá quase apagando, despenteio o cabelo pra depois repousar e morrer num cangote.

E quando eu quero descansar de ser vento me transformo em pensamento.
Pensamento abre baú, assiste filmes, ouve músicas e vai aonde quiser sem sair do lugar.
Mas tem horas que ele vai, vai, vai e não quer mais voltar.
Fica teimoso, insistente e faz birra. Eita sujeitinho indomável!

Aí, pra botar um pouco de ordem, peço ajuda pra razão e coloco tudo de volta em seu lugar. Passado na gaveta, presente na estante e futuro na folhinha do calendário. Mas a razão também não gosta muito de ser contrariada. Aí, de mansinho, me transformo em distração.

Só assim pra conviver com a razão. Divido o tempo entre as coisas práticas e o lazer e paro de vez enquando pra ouvir o que a razão tem a dizer. Cá entre nós, tem horas que ela é muito chata e outras não entendo o que fala. Dizem que ela tem fórmulas e estudos de caso pra explicar quase tudo.

Quase tudo. A razão não entende de amor. Sabe explicar, mas nunca sentiu o que é saudade. Sabe julgar, mas não sabe perdoar. Sabe as regras do jogo, mas não torce pra um time. É previsível, não gosta de artes e não tem senso de humor. Mas principalmente, a razão é incapaz de explicar todos os milagres de uma força muito maior, que alguns chamam de Deus...



...

8.6.10

SAUDADE: lembranca igualmente perturbadora e boa de alguem que um dia esteve muito perto.


...

29.5.10

"Animals are not ours to eat, wear, experiment on, or use for entertainment."

peta.org



...

20.5.10

Assuma seus próprios riscos e encare a vida com coragem.
OU pereça na frustração ou no limbo dos arrependidos.



...

19.5.10

"The only sensible way to live in this world is without rules."

The Joker (Batman)



...
"O importante é que as experiências "nos toquem", nem que pra isso não fiquemos de pé".

Callas


...

15.3.10

Caótica lógica das coisas instáveis

Alguns tipos de sentimentos fazem mais sentido na teoria do que na prática. Eles têm nome, mas nem sempre lógica. Causam uma sensação, mas têm um sentido único e intransferível para cada pessoa, em cada momento.
Há aqueles que são como terremotos de alta intensidade, repentinos e igualmente destruidores, podento deixar de pé apenas as paredes externas. Às vezes, até bem menos que isso.
Mas a Teoria do Caos diz que toda ordem gera desordem e o tempo sempre determina o resultado que em si sempre será instável. A lógica das coisas que não possuem lógica é ser em si, instável.
E assim se faz a reconstrução. Que pode ser imperceptível e lenta, ou traumática e barulhenta.

E, sem fim, somos lapidados, corpo e alma, pelo tempo e suas fantásticas ferramentas.


...