13.6.09

Quinquilharias afetivas

Hoje tudo passa rápido. Somos empurrados pra tudo o que é novo e mais moderno.
Mesmo não querendo às vezes somos obrigados a nos atualizar. Abrir mão da TV antiga, por que o sinal é novo. Abrir mão do carro antigo, por que o novo é mais bonito, econômico e anda a mais de 300 km por hora (não sei pra quê, correr assim onde? Interlagos? San Marino? Ímola?). Abrir mão da geladeira antiga, por que a nova tem torneirinha na porta e cospe pedrinhas de gelo.
Um zilhão de coisas novas todos os dias, com apelos diferenciados que vão desde a novidade, passando pela necessidade e chegando à futilidade e capricho.
Quase mais importante do que funcionar, a novidade tem que ser de ultíssima geração e pop, claro.
Mas muita gente anda na contramão do apelo tentador do consumismo tecnológico. Vivendo muito bem, obrigado.
Gosto dos meus tênis andados, gastos já com o formato do meu pé.
Meu computador, tadinho, tem pouco mais de um ano de uso e já é considerado um ancião da sua laia. A memória já é pouca, o processador não tem mais paciência, ficou obsoleto. Mas dá-se um jeito. Espeta um plug aqui, um usb alí, um hd novo acolá e pronto! Ficou supimpa de novo!
E o celular então?! Vixe... esse é um caso especial entre todos.
Quatro anos de uso e tá no conserto. Sim, ao invés de usar os pontos, milhagens e etc do plano de telefonia para pegar um aparelhinho zero bala (isso tudo mediante um acorrentamento, também conhecido como 'fidelidade' de módicos 12 meses), preferi manda-lo para arrumar e revisar.
Isso não teria sido necessário se dias atrás eu não tivesse brincado de submarino com ele.
Mesmo assim, após o banho tomado, ele ainda funcionava! Nokia é uma beleza. Recomendo.
Ele só tá na uti por que o que eu mais gostava nele, parou de funcionar. A campanhia.
A melhor musiquinha pra despertar que existe. Se pudesse levaria essa musiquinha para me acordar até em outro planeta. Coisa boba né? Sim, eu sei.
Não sou muito apegada às coisas, mas gosto de algumas quinquilharias tecnológicas das antigas.
E convenhamos, todos têm a sua. Não é? Não?
Enfim... vendo pelo lado bom, pelo menos é ecologicamente correto.



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