Quem tem o conhecimento de uma situação injusta, tem obrigação de agir de maneira mais correta possível diante dela.
Depois de anos seguindo um padrão herdado e apoiado pela sociedade, sem realmente enxergar a realidade, o contexto e impacto de alguns hábitos tão comuns na minha vida e aparentemente inofensivos, me tornei vegetariana.
A mudança se fez urgente e a transição foi pacífica e é gradativa. Ser vegetariana envolve um pouco de esforço e dedicação, mas muita pesquisa e atualização.
Entender um pouco de nutrição, química, biologia, processos industriais, ecologia, sociologia... buscar alternativas para melhorar a saúde e o modo de vida. Sem dúvida, mais cultura e informação para a minha vida. Conhecimento que eu espero que se espalhe para muitas e muitas pessoas.
Ser consciente e não fanático. Vegetarianismo por amor e ética, com um ganho imenso para a saúde.
Se cada um fizesse um pouquinho, em todas as esferas deficientes da nossa sociedade, o mundo seria infinitamente melhor. Estamos a um passo do caos. E caminhando lentamente na direção contrária.
O documentário Earthling (Terráqueos), é a pura, nua e crua verdade sobre a relação do ser humano com o planeta e seus habitantes. Verdades que podem 'ferir' as convicções de muitas pessoas.
Nunca consegui assití-lo inteiro. E, mesmo assim, nos poucos minutos que a minha sensibilidade permitiu ver, em alguns frames tive que cobrir parte do monitor e ler apenas as legendas.
A mensagem que ele contém eu já aprendi. Por isso não preciso me chocar ainda mais com cenas tão cruéis e tristes.
Usando o mesmo apetite carnívoro de suas dietas, aqueles que ainda não conhecem, deveriam assistir. Essas pessoas dificilmente vão conseguir engolir essa verdade.
Link para assistir o vídeo: http://vista-se.com.br/terraqueos/
Duração: 1h35m
Narrado por Joaquin Phoenix
Produzido por Shaun Monson
Co-produzido por Persia White
Trilha sonora exclusiva de Moby
Trecho do livro 'The Outermost House' de Henry Beston:
"Nós precisamos de um conceito mais novo, sábio, e talvez mais místico dos animais. Longe da natureza e vivendo através de artifícios complicados, o homem da civilização vigia as criaturas através do vidro do seu conhecimento e vê, portanto, os detalhes de uma pena, mas uma imagem geral distorcida. Nós os padronizamos por serem incompletos, pelo seu trágico destino de terem se formado tão abaixo de nós.
E nisto nós erramos gravemente. Pois os animais não podem ser avaliados pelo homem. Num mundo mais velho e mais complexo que o nosso, eles se movem completos e confiantes, dotados com extensões dos sentidos que nós perdemos, ou nunca possuímos, guiando-se por vozes que nós nunca ouviremos.
Eles não são irmãos, eles não são lacaios. Eles são outras nações, presos conosco nesta vida e neste tempo, prisioneiros do esplendor e trabalho da Terra."
...
Nenhum comentário:
Postar um comentário